CRISTIANE
RODRIGUES REINA SORIANI
UMA PROVA DE
MATEMÁTICA ...
O PROFESSOR DAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL...
Monografia
apresentada como exigência final para conclusão do Curso de Especialização em
Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina.
Orientadora:
Profa. Dra. Regina Luzia Corio de Buriasco
- Londrina -
2000
Dedico este trabalho à
minha irmã, Joselen, que está iniciando este ano a sua carreira no magistério e
aos meus sobrinhos Bruna e Vinícius, que eles cresçam, estudem, vençam e
brilhem.
Agradecimentos
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, pois
Ele é a fonte de toda e verdadeira sabedoria.
A realização deste trabalho se deve muito a
atenção e a dedicação da minha orientadora Profª. Drª. Regina Luzia Corio de
Buriasco, sobretudo por sua disponibilidade e paciência como também das Profªs.
Ms. Luciana Gastaldi S. Souza, Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino e
Denise Trindade Moreira pelo incentivo e apoio dispensados em todos os momentos
deste curso.
Minha gratidão também aos professores que
gentilmente se dispuseram a participar deste trabalho, tornando-o possível.
Agradeço às minhas colegas da Escola Municipal
“Prof. Dr. Carlos da Costa Branco”, em especial às Profªs. Arlete
Maria Lopes Ribeiro, Cacilda Ferraro e Eda Ângelo que atuam no período matutino
na escola, mas se dispuseram a me substituir à tarde sempre que foi preciso, à
Dolores do Carmo Dias Marczuk e Rosiclér Rodini Mazironi, respectivamente
diretora e surpevisora da escola, por terem dado o aval para a minha dispensa
nas sextas-feiras sempre demonstrando muito interesse em colaborar.
Agradeço
também à Profª. Helena Aida da Silva pelo esmero com que efetuou a revisão
ortográfica e gramatical deste trabalho.
Ao Algacir, meu esposo, um agradecimento
especial e carinhoso, ele não mediu esforços para que eu saísse vitoriosa deste
curso, me apoiando, ajudando e incentivando sempre com grande carinho e
dedicação.
Sumário
Resumo ............................................................................................................... 006
Introdução
.......................................................................................................... 007
Algumas considerações
sobre Avaliação, Erro e Formação de Professores .... 010
Um Perfil dos
Professores que fizeram parte do Trabalho ............................... 017
Uma Breve Descrição da
Prova ......................................................................... 042
Analisando as Questões
.................................................................................... 048
Algumas Sugestões
.......................................................................................... 096
Considerações Finais
........................................................................................ 114
Referências
Bibliográficas
................................................................................ 117
Anexos
.............................................................................................................. 118
Resumo
Mediante a aplicação da
prova de Matemática da 4ª. Série do Ensino Fundamental constante da Avaliação
Estadual – PR/97 a cinqüenta professores de Pré a 4ª. Série atuantes na rede
Municipal de Ensino de Londrina, apresento um levantamento e breve análise dos
erros cometidos, bem como, uma sugestão de trabalho para os conteúdos nos quais
a incidência de erro foi maior.
A pretensão deste trabalho
é oferecer ao professor das séries iniciais um texto que lhe permita uma
reflexão sobre o quanto do conteúdo matemático ele não se apropriou e quanto
isso pode influenciar na aprendizagem de seus alunos.
Introdução
“O futuro pertence àqueles que
confiam na beleza de seus sonhos”, não sei quem escreveu isto, mas achei que
deveria passar para você, pois todos temos sonhos e devemos
buscá-los sempre.
Estou
na rede municipal de ensino de Londrina há 16 anos. E, como cresci nesse tempo
todo! Cresci a ponto de perceber que nós não precisamos “parar” para sermos
ultrapassados basta que nos acomodemos um pouco.
Em
1992, formei-me em Matemática, pela UEL e saiba, que esse curso foi um
desafio, pois como a maioria das pessoas, eu não tive uma boa “Alfabetização
Matemática”, isto é, fui decorando uma porção de regras, sem ao menos saber
para que serviam. Isso me fez sentir um certo desconforto que não quero que
meus alunos sintam.
Resolvi
então, me aperfeiçoar um pouco mais. Daí a decisão em cursar, em 1999, a
“Especialização em Educação Matemática” na UEL. O curso foi ministrado nas
sextas-feiras o dia todo e nos sábados pela manhã, mas com alguns sábados
inteiros também.
Tive
então, de pedir dispensa na prefeitura para faltar às sextas-feiras, pois,
nesta época eu estava lecionando o dia todo. Pela manhã Matemática em um
colégio particular e a tarde, 2ª. Fase do “Ciclo Básico” pela prefeitura. Com o
aval da diretora da escola municipal em que atuo, foi me concedida a dispensa.
Durante
o ano do curso, tive o apoio e colaboração de todos os meus colegas da Escola
Municipal “Prof. Dr. Carlos da Costa Branco” que não mediram esforços para
suprirem minha ausência em todas as sextas-feiras do ano letivo, tendo que
alterar até mesmo horários de reuniões e grupos de estudos.
Minha orientadora e eu discutimos e escolhemos o tema a ser desenvolvido nesta
monografia. Decidimos que faríamos um trabalho voltado aos professores das
séries iniciais, pois é aí que sinto estar a chave de uma mudança para melhoria
do ensino de Matemática.
Resolvemos
aplicar a um grupo de professores de Pré a 4ª. Série do Ensino Fundamental da
Rede Municipal de ensino a prova de matemática da Avaliação Estadual – PR / 97,
aplicada aos alunos de 4ª. Série.
O
objetivo do nosso trabalho é analisar o que foi resolvido, como foi resolvido,
enxergando o “erro” como gerador de progresso, levando sempre à reflexão. É a
partir da análise dos “erros” que serão sugeridas atividades para que
determinados conteúdos sejam melhor aproveitados.
Não estou escrevendo esta
monografia para professores de matemática exclusivamente, é para você,
professor das séries iniciais que como eu, quer que nossos alunos sejam
melhores que nós, que enxerguem o lado social do conhecimento matemático, que
dêem significado à Matemática em sua vida, que interpretem, criem maneiras de
resolver seus problemas, raciocinem, critiquem, enfim, que exerçam sua
cidadania.
Algumas
considerações sobre Avaliação, Erro e Formação de professores
Para que possamos nos
entender melhor, farei uma rápida explanação sobre como enxergo a “Avaliação”,
o “Erro” e a “Formação de Professores” no processo ensino-aprendizagem.
1. Avaliação
A avaliação é um processo
de sustentação da aprendizagem que, no meu entender, se inicia antes mesmo do
planejamento escolar. Porque para que possamos fazer o planejamento já devemos
ter “escolhido” dentre tantos conteúdos, quais trabalharemos e qual a
prioridade de cada um. E, isto já é uma parte do processo de avaliação.
Uma das funções da
avaliação é ajudar o aluno a aprender e o professor a ensinar, pois deve haver
sempre uma reflexão a partir dela.
É comum confundir
“avaliação” com “prova”, contudo esses dois termos não são sinônimos, a
avaliação é um processo e a prova é um dos instrumentos de medida utilizado no
processo de avaliação; é como se fosse uma ferramenta, mas existem outras,por
exemplo a observação.
Temos de contar com uma
“avaliação formativa” durante todo o processo. Mas, o que vem a ser “avaliação
formativa”?
É aquela que tem como
objetivo melhorar a formação do aluno, sua preocupação não é classificar, dar
notas, punir ou recompensar, mas sim ajudar o aluno a aprender. “Uma
avaliação que permita aos alunos identificar seus erros, acertos e lacunas; e
ao mestre, destacar os ganhos as dificuldades de cada aluno para poder
ajuda-los a progredir mais.” (André, 1999 , p. 22)
A avaliação deve ser
assumida também como uma estratégia para a compreensão do estágio de
aprendizagem em que o aluno se encontra, tendo em vista tomar decisões para que
ele possa avançar no seu processo de aprendizagem, para que possa realizar-se
como sujeito crítico dentro da sociedade em que vive.
Sempre temos de nos
perguntar:
Avaliamos por quê? Para
quê?
Devemos refletir sobre as
respostas para essas perguntas, tendo sempre em vista uma avaliação
diagnóstica.
Para o professor, a
avaliação propicia, além de identificar as dificuldades dos alunos, melhorar
seu nível de compreensão das formas de aprendizagem, auto-avaliar-se e avaliar
o processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser
sistemática, ou seja, organizada, planejada, executada, envolvendo todos os
elementos do processo. Todos avaliam e todos são avaliados. Além disso, a
avaliação deve, em muitos momentos, ser objeto ela mesma de uma avaliação.
Sendo assim, a “avaliação”
permitirá reorganizar o processo de ensino-aprendizagem, gerar novos desafios,
melhorar a aprendizagem e melhorar o ensino.
2.
O Erro
O erro, no processo
ensino-aprendizagem, vem sendo apontado como algo negativo, merecendo punição.
Mas, não foi esta visão que norteou este trabalho.
Ao pedir que algumas
colegas resolvessem a prova da 4ª. Série, deixei bem claro que analisaria cada
questão com cuidado e que os erros, se é que existiriam, seriam usados para, a
partir deles, dar as minhas sugestões de trabalho.
O erro gera progressos,
pois leva à reflexão. Será que a lâmpada foi inventada na primeira tentativa?
Claro que não! Houve “erros” e, quanto mais erros, mais perto da lâmpada
estávamos.
O “erro” aponta o que não
se sabe ainda por completo, e sendo assim, a partir dele podemos levantar
hipóteses que nos levem ao caminho seguido pelo aluno para que cometesse o
erro, com isso, poderemos escolher o percurso a ser seguido para completar o
conhecimento em questão. Para isto, temos de aceitar o “erro” como normal,
aprender a interpretá-lo, passando assim a usá-lo de forma mais produtiva e
construtiva.
É assim que temos de
“enxergar” os erros cometidos, eles deverão nortear nosso trabalho, nos
ajudarão a conhecer melhor a cada aluno, tornando nosso trabalho mais fácil,
pois teremos sempre algo que nos guiará.
Para que nosso trabalho
docente flua melhor, é preciso que o aluno participe ativamente de todo o
processo, é preciso que ele fale, que se exponha, para que possa também se
corrigir. Vocês já repararam que quando falamos, ou explicamos algo a alguém,
percebemos nossos erros? Com o aluno acontece o mesmo, ao ouvir-se ele pode
perceber seu erro e sozinho corrigí-lo.
Você já tinha pensado
assim!? Se não tinha, tente a partir de agora! Você verá como tudo ficará mais
fácil.
“Errar” é natural no
desenvolvimento do ser humano, então, cabe a nós, professores, usarmos esse
“erro” em favor do processo ensino-aprendizagem.
3.
A “Formação de
Professores”
No curso de
Especialização, tive um encontro de dois dias com a Prof. Dra. Ocsana Danyluk,
que falou sobre “Alfabetização Matemática” e me fez enxergar uma realidade que
ainda não tinha percebido.
Na Introdução desta
monografia mencionei que, como a maioria das pessoas, eu não havia tido uma
boa “alfabetização matemática” e vou tentar explicar agora o porquê.
Quando entramos na escola,
nos é apresentada uma matemática de continhas e problemas, que muitas vezes
nada tem a ver com nossa realidade. Sei que agora isso já melhorou muito, pois
nos preocupamos em adequar os “problemas” à realidade de nossos alunos, mas na
minha época isso não acontecia, se aconteceu com você, ótimo, foi um
privilégio. A escola fazia questão também de quase deixar claro que a
Matemática era uma disciplina difícil e que somente alguns, de inteligência
privilegiada, poderiam dominá-la. Assim foi em todo o processo escolar que
passei.
No magistério, a
matemática foi pobre; alguns conteúdos nunca foram trabalhados, como por
exemplo trigonometria ou mesmo logaritmo, se eu estiver falando “grego” pra
você agora, é porque com você aconteceu o mesmo.
Mas, é esse curso que
forma o professor das séries iniciais, é este professor que vai “ensinar” os
primeiros passos sistemáticos da Matemática, esse professor que, muitas vezes,
“não gosta” muito da matéria e que, se pudesse fugiria dela. De uma forma ou de
outra, acabamos passando isso pro nosso aluno.
Não é culpa nossa, o que
sentimos foi acontecendo sem que nos déssemos conta, eu mesma, nunca tinha
parado pra pensar nisso.
Quando terminamos o
Magistério, é hora de escolhermos nossa “faculdade” e o pensamento de muitos é
“vou escolher um curso que não tenha Matemática” , ou que tenha pouca, então, a
maioria escolhe Pedagogia, mesmo porque, é o curso que dá verdadeira continuidade
à carreira, teoricamente falando e, neste curso, quem ministra a “Didática da
Matemática” , como no magistério, não é alguém com formação específica em
Matemática.
Mas, voltemo-nos então
para alguns poucos que gostam da Matemática, que sempre tiveram facilidade com
a disciplina e escolhem então o curso de “Matemática” para sua “faculdade”,
nesse curso também, quem ministra as disciplinas específicas da licenciatura,
como “Didática”, “Psicologia” e outras, não é alguém com formação específica em
Matemática, já, os demais professores do curso com exceções, claro, só se
importam com a Matemática em si, desvinculada do ensino, portanto na verdade,
ninguém aprende a “ensinar Matemática”, talvez achem que não é preciso, mas nós
que estamos na sala de aula, sabemos o quanto isto é importante.
Discutimos no encontro com
a Profª. Drª. Ocsana Danyluk qual deveria ser a solução para isto e concluímos
que a mudança deve iniciar em cada um de nós. Fazendo o pouco que pudermos
para melhorar a situação.
Não pense você, que eu me
coloco numa situação diferente da sua, admiti no início o quão desafiador foi o
curso (Matemática) para mim. E, sabem onde verdadeiramente aprendi o que
deveria saber para ensinar? Isto mesmo, dando aulas, eu tive de estudar muito
pra poder ensinar meus alunos. Tenho certeza que com você também foi assim, é
assim. Nós não podemos “parar”, não podemos repetir com nosso aluno o que
fizeram conosco, ninguém tem culpa agora, mas todos temos de fazer algo para
melhorar.
Vamos nos auto-avaliar sempre,
admitir nossas falhas e buscar saná-las de alguma forma.
A “Rede Municipal de
Ensino” oferece ótimos cursos em suas “Semanas Pedagógicas”, é um trabalho
sério que é feito com cuidado e carinho, aliás merece ser elogiado e mais,
merece que quando participarmos, o façamos com responsabilidade visando o
melhor para nós como educadores e para os nossos alunos. Não devemos ir por
obrigação e ficar lá só de corpo presente, devemos aproveitar, questionar,
“sugar” mesmo os “docentes” eles estão lá pra isso e, com certeza é isso que
querem de nós.
Um
Perfil dos Professores que Fizeram parte do Trabalho
Para que o trabalho
ganhasse um maior significado, os participantes responderam a um questionário
para se ter uma idéia de quem eram esses professores. Os dados colhidos a
partir dele estão nas tabelas e gráficos apresentados a seguir.
Os participantes deste
trabalho atuam como professores da Rede Municipal de Ensino, de Pré a 4ª. Série
do Ensino Fundamental do Município de Londrina, ao todo são cinqüenta professores.
Tabela 1 – Idade dos Participantes
|
|
Faixa Etária
|
Nº de
Professores
|
%
|
de 20 a 30 anos
|
5
|
10,0
|
de 31 a 40 anos
|
23
|
46,0
|
de 40 a 50 anos
|
15
|
30,0
|
mais de 50 anos
|
7
|
14,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O gráfico e a tabela nos
mostram que a maioria dos professores participantes tem entre trinta e um e
quarenta anos. Vejo esse dado como aspecto positivo, pois se espera que nesta
faixa etária a pessoa já saiba o que quer e aja com responsabilidade. Por outro
lado, muitas vezes, a idade cronológica não é relevante, pois sabemos que
existem idosos que se sentem eternamente “jovens”, cheios de vida e também
jovens que se dedicam com responsabilidade ao que fazem. Na verdade, o que
importa mesmo é a motivação de cada um.
Tabela 2 - Formação Profissional
|
|
|
Formação
Profissional
|
Nº de Prof.
|
%
|
Só Magistério
|
10
|
20,0
|
3º
grau incompleto - Curso Pedagogia
|
3
|
6,0
|
3º
grau completo - Curso Pedagogia
|
19
|
38,0
|
3º
grau completo - Curso Ciência c/ Hab.Mat.
|
1
|
2,0
|
3º
grau completo - Curso Ed. Artística
|
3
|
6,0
|
3º
grau completo - Curso Ed. Física
|
3
|
6,0
|
3º
grau completo - Curso Filosofia
|
1
|
2,0
|
3º
grau completo - Curso Letras
|
6
|
12,0
|
3º
grau completo - Curso Matemática
|
2
|
4,0
|
3º
grau completo - Curso História
|
2
|
4,0
|
Pós
Graduação Área da Educação - Met.Ens.
|
2
|
4,0
|
Pós
Graduação Área da Educação - Ed.Infantil
|
1
|
2,0
|
Pós
Graduação Área da Educação - Did.Geral
|
6
|
12,0
|
Pós
Graduação Área da Educação - Ed.Especial
|
1
|
2,0
|
|
|
|
*
Mais de uma escolha
|
|
|
**
Todos tem de ter magistério, é requisito para estar na rede
|
|
A tabela nos mostra que a
maioria dos participantes (oitenta por cento) tem formação superior, dos quais
vinte por cento têm pós-graduação. O curso escolhido pela maioria foi
“Pedagogia” o que vem ao encontro com o que mencionei na “Formação de
Professores”.
Tabela 3 - Tempo de Serviço
|
|
Faixa
de Tempo
|
Nº de Professores
|
%
|
menos
de 5 anos
|
3
|
6,0
|
de
5 a 10 anos
|
11
|
22,0
|
de
11 a 20 anos
|
22
|
44,0
|
de
21 a 30 anos
|
14
|
28,0
|
mais
de 30 anos
|
0
|
0,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O gráfico e a tabela nos
mostram que a maioria dos professores participantes está, teoricamente, no
“auge” de sua carreira, entre onze e vinte anos de atuação no magistério. Penso
que este tempo de atuação faz com que se tenha uma boa visão de “educação” e
bastante experiência. Para mim, este é um dado positivo.
Tabela 4 - Área de Atuação
|
|
Área
|
Nº de
Professores
|
%
|
Somente Magistério
|
45
|
90,0
|
Biblioteca
|
1
|
2,0
|
Comércio
|
4
|
8,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
Que maravilha!!! A maioria
absoluta dos professores participantes tem dedicação profissional exclusiva ao
magistério.
Tabela 5 - Carga Horária Semanal -
Ano Letivo 1999
|
Faixa de Horas
|
Nº de
Professores
|
%
|
até 20h/a
|
16
|
32,0
|
de 21h/a a 30h/a
|
0
|
0,0
|
de 31h/a a 40h/a
|
34
|
68,0
|
mais de 40h/a
|
0
|
0,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
A tabela e o gráfico nos
fazem ver que a grande maioria dos participantes trabalha o dia todo e,
comparando com o gráfico anterior, notamos que atuam o dia todo no magistério.
É sabido por todos nós que temos de buscar alternativas para melhorar nossos
rendimentos, mas será que o fato da maioria estar todo tempo ligada ao
magistério foi escolha de cada um? Ou será que foi uma imposição do mercado de
trabalho e da sociedade? Esta é uma pergunta que eu deveria ter feito a eles.
Tabela 6 – Série de Atuação - Ano
Letivo 1999
|
|
Série
|
Nº de
Professores
|
%
|
Pré
|
4
|
8,0
|
1ª Fase/CBA**
|
11
|
22,0
|
2ª Fase/CBA**
|
20
|
40,0
|
3ª Série
|
14
|
28,0
|
4ª Série
|
15
|
30,0
|
Contraturno 1ª e 2ª
|
2
|
4,0
|
Supervisão
|
1
|
2,0
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
** Ciclo Básico de Alfabetização
|
|
|
A maioria dos
participantes atua na Segunda Série do Ensino Fundamental, isto nos mostram a
tabela e o gráfico. Como já atuei em segundas séries, sei que é nesta fase que
a maioria dos professores introduz, sistematicamente, a multiplicação e a
divisão, conteúdos estes que apresentam dificuldades que se refletem ao longo
do processo de aprendizagem da Matemática.
Tabela 7 - Tempo de Atuação em 4ª.
Série
|
|
Tempo de atuação
|
Nº de
Professores
|
%
|
de 1 a 5 anos
|
21
|
42,0
|
de 6 a 10 anos
|
8
|
16,0
|
de 11 a 15 anos
|
3
|
6,0
|
nunca atuou
|
18
|
36,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
A tabela e o gráfico nos
fazem ver que a maioria dos professores participantes já atuou em quartas
séries do Ensino Fundamental, penso que isto seja bom, pois os professores já
têm conhecimento dos conteúdos e “exigências” inerentes a esta série.
Tabela 8 - Participação em Cursos -
Últimos 5 anos
|
Horas
|
Nº de
Professores
|
%
|
menos de 40 horas
|
0
|
0,0
|
de 41 a 80 horas
|
2
|
4,0
|
de 81 a 120 horas
|
6
|
12,0
|
de 121 a 160 horas
|
5
|
10,0
|
de 161 a 200 horas
|
16
|
32,0
|
Mais de 200 horas
|
21
|
42,0
|
não participou
|
0
|
0,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O perfil mostrado por este
gráfico e esta tabela não me surpreendeu, pois a Secretária Municipal de Ensino
promove periodicamente cursos aos professores, dentro de seu horário de
trabalho. Temos “Práticas Pedagógicas”, “Grupo de Estudos” e a “Semana
Pedagógica”, todos com certificados. Então, os professores que optaram por
itens abaixo de 200 horas devem ser professores que iniciaram na rede há pouco
tempo ou estiveram em “licença” prolongada.
Tabela 9 - Leitura dos
"Parâmetros Curriculares Nacionais" (PCNs)
|
Leitura
|
Nº de Professores
|
%
|
todos os volumes
|
6
|
12,0
|
alguns volumes
|
31
|
62,0
|
apenas um volume
|
1
|
2,0
|
Não leu
|
12
|
24,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O gráfico e a tabela nos
indicam que a maioria dos professores leu “alguns volumes” dos “Parâmetros
Curriculares Nacionais”. Acredito que este resultado se deve ao fato de que no
início do ano letivo de 1999 tivemos como tema das “Práticas Pedagógicas” os
“PCNs”, portanto alguns volumes foram lidos quase que na íntegra, como o
“Introdução” e o “Temas Transversais”. Mas os “PCNs” não foram “dados” aos
professores, então o acesso a eles é mais difícil. Penso que cada professor
deve ter seu próprio conjunto dos PCN.
Tabela 10 - Recursos Utilizados para
a Preparação das Aulas
|
Recurso
|
Nº de Prof.
|
%
|
Planos de aula anteriores
|
12
|
24,0
|
livro didático adotado
|
43
|
86,0
|
Livros didáticos (não adotados)
|
43
|
86,0
|
proposta curricular
|
41
|
82,0
|
PCNs
|
11
|
22,0
|
discussão com direção,superv. ou
coordenação.
|
12
|
24,0
|
proposta pedagógica da escola
|
23
|
46,0
|
troca de idéias com outros
professores
|
27
|
54,0
|
|
|
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
A tabela nos mostra que a
maioria dos professores utiliza livros didáticos, adotados ou não, e a
“Proposta Curricular do Município de Londrina” para preparar suas aulas.
Pouquíssimos utilizam os “PCNs”. A “Proposta Curricular” e os livros didáticos
são de fácil acesso ao professor, cada um tem seu volume da “Proposta
Curricular”, já os “PCNs”, não . O uso da “Proposta Curricular” é um dado
positivo, pois comparada aos “PCNs”, não encontramos grandes diferenças. Posso
afirmar isto, pois em uma das aulas da Profª. Regina, no Curso de
Especialização, discutimos este assunto, depois de termos feito uma comparação
entre os dois (“Proposta Curricular” e “PCNs”) como tarefa.
Tabela
11 - Relação de Recursos Utilizados para Trabalhar
|
Matemática com os Alunos
|
|
Recursos
|
Nº de
Professores
|
%
|
quadro
negro
|
7
|
14,0
|
papel
colorido
|
8
|
16,0
|
material
dourado
|
36
|
72,0
|
frutas,
sementes, macarrão, ...
|
12
|
24,0
|
Sucata
|
36
|
72,0
|
objetos
da sala de aula
|
11
|
22,0
|
próprio
aluno
|
16
|
32,0
|
Palitos
|
40
|
80,0
|
cartaz
valor lugar (CVL)
|
38
|
76,0
|
Jogos
|
12
|
24,0
|
fita
métrica
|
7
|
14,0
|
blocos
lógicos
|
26
|
52,0
|
réguas
de "Cuisinaire"
|
9
|
18,0
|
fitas
de vídeo
|
9
|
18,0
|
lápis
de cor
|
23
|
46,0
|
livro
didático
|
9
|
18,0
|
Régua
|
6
|
12,0
|
Carimbos
|
6
|
12,0
|
Encartes
|
9
|
18,0
|
xerox
de cédulas
|
7
|
14,0
|
Tangran
|
10
|
20,0
|
sólidos
geométricos
|
6
|
12,0
|
Baralho
|
1
|
2,0
|
projeto
"Arte Culinária"
|
1
|
2,0
|
|
|
|
*
Mais de uma escolha.
|
|
|
**
Os recursos listados nesta tabela foram os "lembrados" pelos
|
Professores participantes do questionário e, cada um relacionou
|
todos que quis.
|
|
|
A tabela nos mostra que os
materiais didáticos mais usados pelos professores são o “Material Dourado”, o
“Cartaz Valor Lugar”, palitos e materiais de sucata. Acredito que todos
utilizem o quadro negro, lápis de cor, o próprio aluno, mas não acharam
pertinente mencionar, por talvez acreditarem que estes já são inerentes ao
processo. Os materiais usados pela maioria dos professores são ricos e, se bem
utilizados, proporcionarão uma boa base matemática, pois propiciam a
compreensão, pelo aluno, do que está sendo trabalhado. Por que será que não
estou confiando no que a tabela mostra!?
Tabela
12 - Procedimentos Utilizados pelos Professores
|
Em Suas Aulas de Matemática
|
|
Procedimento
|
Nº de
Professores
|
%
|
exposição
oral da matéria
|
50
|
100,0
|
trabalhos
em grupo
|
48
|
96,0
|
Debates
e discussões
|
24
|
48,0
|
Atividades
de pesquisa
|
25
|
50,0
|
auxílio
aluno/aluno
|
1
|
2,0
|
Atividades
de recreação
|
1
|
2,0
|
Dramatização
|
2
|
4,0
|
|
|
|
*
Mais de uma escolha.
|
|
|
Todos os professores
utilizam-se da exposição oral da matéria para suas aulas, se a tabela mostrasse
algo diferente disto, provavelmente não retrataria a verdade. Os “trabalhos em
grupo” e as “pesquisas” enriquecem a aula e facilitam o aprendizado. Que bom
que a maioria dos professores utiliza-se desses procedimentos.
Tabela 13 - Aspectos que os
professores consideram relevantes
|
no processo de
avaliação de seus alunos
|
|
Aspectos
|
Nº de Prof.
|
%
|
Apropriação do conteúdo
|
50
|
100,0
|
Disciplina ou comportamento
|
13
|
26,0
|
Pontualidade e freqüência às aulas
|
27
|
54,0
|
Participação e interesse na aula
|
50
|
100,0
|
Realizações dos trabalhos solicitados
|
34
|
68,0
|
|
|
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
Gostei de ver que todos os
professores consideram também a “Participação e interesse nas aulas” como
aspecto importante no processo de avaliação do aluno. Por esse resultado
acredito que o aluno esteja sendo visto como único, e seus esforços estejam
sendo levados em conta. Não é só a “nota” que está sendo considerada para a
avaliação dos alunos.
Tabela 14 - Aspectos que os
professores consideram na avaliação
|
dos resultados do
seu próprio trabalho.
|
|
Aspectos
|
Nº de Prof.
|
%
|
Nível de compreensão pelos alunos dos
|
|
|
conteúdos desenvolvidos em aula
|
47
|
94,0
|
A melhoria da disciplina
(comportamento)
|
|
|
dos alunos
|
8
|
16,0
|
O desenvolvimento de uma visão
crítica da
|
|
|
vida e do mundo por parte dos alunos
|
46
|
92,0
|
O desenvolvimento de todo conteúdo
previsto
|
17
|
34,0
|
Número de alunos aprovados
|
16
|
32,0
|
|
|
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
O que me espantou no
resultado desta tabela foi o fato de que somente 32% dos professores
participantes consideram relevante o número de alunos aprovados, para a
avaliação do seu próprio trabalho. Para mim, este é o aspecto mais importante,
pois, se houver muita reprova comigo é porque eu preciso mudar minha maneira de
ensinar, eles não estão se apropriando do conteúdo. O interessante é que a
maioria absoluta dos professores assinalou “apropriação do conteúdo pelo aluno”
como aspecto importante, como se isto não estivesse ligado à sua aprovação.
Tabela 15 - Aspectos que o Professor
considera "dificultadores"
|
do seu trabalho
neste ano letivo (1999).
|
|
Aspectos
|
Nº de Prof.
|
%
|
Falta de autonomia no desenvolvimento
do
|
|
|
seu trabalho
|
0
|
0,0
|
Falta do conhecimento de alguns
conteúdos
|
|
|
Inerentes à serie em que atua
|
0
|
0,0
|
Alunos carentes (desnutridos, doentes
ou de
|
|
|
famílias muito pobres)
|
3
|
6,0
|
Falta de apoio extraclasse de profissionais
|
|
|
de psico, fono, etc...
|
1
|
2,0
|
Carga horária excessiva do professor
|
0
|
0,0
|
Interrupção de aulas
|
1
|
2,0
|
Aulas em turnos intermediários
|
0
|
0,0
|
Indisciplina dos alunos
|
26
|
52,0
|
Turma com excesso de alunos
|
7
|
14,0
|
Acúmulo de serviço
|
1
|
2,0
|
Falta de colaboração da família do
aluno
|
5
|
10,0
|
Falta de oportunidade de
aperfeiçoamento
|
1
|
2,0
|
Falta de uma proposta pedagógica da
escola
|
0
|
0,0
|
Orientação pedagógica falha
|
0
|
0,0
|
Deficiente atuação administrativa da
direção
|
0
|
0,0
|
Falta de material didático
|
1
|
2,0
|
Precárias condições físicas da escola
|
0
|
0,0
|
Distância da escola
|
1
|
2,0
|
Alunos com baixo nível de informação
|
4
|
8,0
|
Falha de estímulo devido ao baixo
salário
|
0
|
0,0
|
Em branco
|
24
|
48,0
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
Tabela 16 - Aspectos que o Professor
considera "facilitadores"
|
do seu trabalho
neste ano letivo (1999).
|
|
Aspectos
|
Nº de Prof.
|
%
|
Conhecimento dos conteúdos inerentes
à
|
|
|
série em que atua
|
28
|
56,0
|
Vontade do professor em querer que os
|
|
|
alunos aprendam
|
1
|
2,0
|
Bom nível financeiro e familiar dos
alunos
|
4
|
8,0
|
Alunos com bom nível de informação
|
8
|
16,0
|
Salário compatível e satisfatório
|
3
|
6,0
|
Proximidade da escola
|
12
|
24,0
|
Carga horária reduzida (do professor)
|
4
|
8,0
|
Aulas sem interrupção
|
8
|
16,0
|
Alunos disciplinados
|
16
|
32,0
|
Turma pouco numerosa (máximo 25
alunos)
|
2
|
4,0
|
Turma com um número razoável de
alunos
|
17
|
34,0
|
Oportunidade de aperfeiçoamento
|
22
|
44,0
|
Uma boa proposta pedagógica da escola
|
21
|
42,0
|
Autonomia no desenvolvimento do seu
trabalho
|
42
|
84,0
|
Orientação pedagógica adequada
|
19
|
38,0
|
Eficiente atuação administrativa da
direção
|
20
|
40,0
|
Disponibilidade de material didático
|
37
|
74,0
|
Ótimas condições físicas da escola
|
9
|
18,0
|
* Mais de uma escolha
|
|
|
Fazendo um paralelo entre
as duas tabelas, “Aspectos Dificultadores” e “Aspectos Facilitadores”, percebi
que provavelmente, cada um tenha assinalado o que representa uma “dificuldade”
ou uma “facilidade” para si próprio e não para qualquer professor, ou para o
processo. Nesta linha de pensamento, 56% dos participantes consideram
“faciltador” o fato de ter conhecimento do conteúdo inerente à série em que
atua, mas nenhum deles considerou como “dificultador” não saber o conteúdo;
somente um professor considera facilitador a “vontade do professor em querer
que o aluno aprenda”, será que os demais professores se esqueceram de como é
importante para todos que demonstremos o quanto queremos seu sucesso? Nenhum
professor se considera desestimulado devido ao baixo salário que recebe, e
somente três professores consideram “salário compatível e satisfatório” como
aspecto facilitador, provavelmente, para os outros quarenta e sete professores
o seu desempenho independe do salário que recebem; a maioria dos professores
considera o “turno intermediário” como aspecto dificultador, eu que já
trabalhei nesse horário, concordo que é um “dificultador” do trabalho de toda a
escola; 52% dos professores participantes consideram a indisciplina dos alunos
como aspecto dificultador, mas somente 32% consideram facilitador, não seria
lógico os mesmos que consideraram dificultador a indisciplina considerassem a
disciplina como facilitador? Que bom que as escolas municipais estão bem
equipadas com materiais didáticos, a maioria dos professores considera esse
aspecto facilitador de seu trabalho. Os 48% “em branco” na tabela de
“dificultadores” referem-se aos professores que não consideraram aspecto
dificultador algum. Uma pergunta me veio à mente: se a maioria dos professores
quase não vê muitos aspectos dificultadores do seu trabalho, por que o índice
de repetência é tão grande? Será que está ligado ao fato observado numa das
tabelas anteriores na qual os professores não consideraram o número de alunos
aprovados como aspecto relevante na avaliação de seu próprio trabalho!?
Tabela 17 - Freqüência de Participação
em Reuniões
|
Pedagógicas na
Escola
|
|
Freqüência
|
Nº de
Professores
|
%
|
toda vez que necessário
|
14
|
28,0
|
quinzenalmente
|
28
|
56,0
|
mensalmente
|
1
|
2,0
|
bimestralmente
|
1
|
2,0
|
Sempre
|
6
|
12,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
A tabela o gráfico nos
mostram que a maioria dos professores participa de reuniões pedagógicas na
escola quinzenalmente, isto se deve ao fato de na rede Municipal de Ensino ter
“Grupo de Estudos”, geralmente de 15 em 15 dias, nos quais são discutidos
assuntos pedagógicos, podendo ser conduzido pelo supervisor ou por convidados.
Tabela 18 - Freqüência que o
Professor "convoca" os Pais
|
para discutirem
questões relacionadas ao seu
|
Trabalho Pedagógico.
|
|
Área
|
Nº de Professores
|
%
|
em branco
|
4
|
8,0
|
somente no início do ano
|
1
|
2,0
|
sempre que necessário
|
22
|
44,0
|
final de bimestre
|
21
|
42,0
|
Nenhuma
|
2
|
4,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
A tabela e o gráfico nos
fazem ver que a maioria dos professores convoca os pais sempre que necessário,
para discutirem questões a respeito do seu trabalho pedagógico. Provavelmente,
esse sempre que necessário seja quando surgir algum problema ou alguma mudança
drástica no trabalho pedagógico do professor.
Tabela 19 - Freqüência que o
professor "convoca" os Pais
|
para discutirem ou
informar-lhes sobre o
|
Desempenho dos
Alunos no Ano letivo
|
Área
|
Nº de
Professores
|
%
|
reuniões bimestrais
|
25
|
50,0
|
quando se fizer necessário
|
23
|
46,0
|
Nas reuniões propostas
|
2
|
4,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
A tabela e o gráfico nos
mostram que a metade dos professores participantes convoca bimestralmente os
pais dos alunos para falar-lhes do desempenho escolar de seus filhos. Em todo
meu tempo de escola, como aluna ou como professora, sempre foi assim e, acho
que é o suficiente para a maioria dos alunos. O pai que é “presente” no
processo escolar do filho, tem como acompanhar o desempenho dele por meio de
diálogo com o filho, observando seu material, suas atividades e suas “provas” e
sabe que tem o direito de procurar a escola sempre que quiser.
Tabela 20 - Percentual de Freqüência
dos Pais convocados,
|
nas Reuniões
|
|
|
% de Freqüência
|
Nº de
Professores
|
%
|
menos de 10%
|
0
|
0,0
|
Entre 11% e 49%
|
5
|
10,0
|
50%
|
2
|
4,0
|
Entre 51% e 60%
|
4
|
8,0
|
Entre 61% e 90%
|
20
|
40,0
|
Mais de 90%
|
19
|
38,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
Observando o gráfico e a
tabela, vemos que a participação dos pais nas reuniões pelas quais são convocados
é muito boa, pois setenta e oito por cento dos professores participantes
responderam que a maioria dos pais participa das reuniões. Este é um dado que
me deixou feliz, pois os pais estão tomando consciência de que sua participação
no processo escolar do filho é importante.
Tabela 21 - Quantidade de conteúdo
previsto que se consegue
|
cumprir em cada ano
letivo
|
|
Conteúdo Dado
|
Nº de
Professores
|
%
|
Menos da metade
|
0
|
0,0
|
Todo o conteúdo previsto
|
17
|
34,0
|
Aproximadamente a metade
|
0
|
0
|
Quase tudo (cerca de 80%)
|
33
|
66,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O gráfico e a tabela nos
indicam que a maioria dos professores consegue cumprir quase todo
o conteúdo previsto e somente trinta e quatro por cento dos participantes consegue
cumprir todo o conteúdo previsto. Esse resultado pode ser
positivo desde que, o professor priorize os conteúdos que ele julgue
imprescindíveis para o processo escolar do aluno, e também tenha a oportunidade
de colocar para o professor da série seguinte os conteúdos que não foram
trabalhados. Para os alunos que saem da quarta série, o “quase tudo”
pode ser mais perigoso, pois a maioria das escolas municipais só atende
crianças até a quarta série, então, fica difícil conversar com o professor da
série seguinte para dizer-lhe dos conteúdos que não foram trabalhados, mesmo
porque, nesta etapa o aluno só leva da escola o histórico escolar e o boletim,
já não são mais fichas de apropriação de conteúdos como na 1ª. e 2ª. séries.
Tabela 22 - O gosto pela Matemática
|
|
Resposta
|
Nº de
Professores
|
%
|
Gosta
|
15
|
30,0
|
Não gosta
|
17
|
34,0
|
Mais ou menos
|
18
|
36,0
|
Total
|
50
|
100,0
|
O gráfico e tabela nos
mostram que somente 30% dos professores participantes gostam de
matemática. Isto é uma pena, mas está bem ligado ao que mencionei quando
abordei a “Formação de Professores”. Acredito que o “gosto” pela matemática
deve ser trabalhado também nos professores, mas para tanto é necessário que o
professor esteja aberto para enxergar a matemática sob um novo prisma. Este
resultado me preocupou, pois não estou fazendo inferência sobre o assunto, é um
fato que tem que ser trabalhado.
No questionário que
utilizei para traçar o perfil dos participantes, pedi que justificassem sua
resposta. A maioria dos professores que disseram não gostar de Matemática
respondeu que não gostava pois no período escolar de quinta a oitava série e no
Ensino Médio não tinha tido bons professores e são frutos de uma geração
programada para “reproduzir” e não para raciocinar. Houve um professor que
admitiu ter “traumas” até hoje em relação à Matemática. Os professores que
disseram que gostam, justificaram dizendo que sempre tiveram facilidade com a
matéria (talvez os “privilegiados”) e que a Matemática é uma necessidade em nossas
vidas. Os que responderam que “gostam mais ou menos” disseram que na verdade
preferem outras matérias, mas não fogem da Matemática.
Uma breve
Descrição da Prova
As questões de uma
prova podem ser classificadas quanto à forma de apresentação, quanto ao
conteúdo e quanto ao tipo de problemas.
Quanto à forma de apresentação das questões podem ser:
a) Rotineiras – são questões que fazem parte do “dia-a
dia” em sala de aula, exercícios comuns que aparecem com freqüência para serem
resolvidos pelo aluno.
Exemplo:
Faça as operações indicadas e complete os
espaços.
(A)
2,47
+ 0,61 = _______
(B)
4,18
+ 0,99 = _______
(C)
5,67
+ 2,54 = _______
b) Intermediárias – são questões que aparecem no “dia- a- dia” em sala de aula, mas não
com tanta freqüência.
Exemplo:
Houve uma gincana esportiva na escola para
as 4ª. séries. Complete a tabela com o total de pontos de cada turma.
Turmas 1ª. Tarefa 2ª. Tarefa
3ª. Tarefa Total de Pontos
4ª. A 2125 1143 845
4ª. B 1875 2080 950
4ª.
C 2400 2125 1000
c) Não – Rotineiras – são aquelas questões que raramente
aparecem no dia- a- dia da sala de aula e, na maioria dos livros didáticos,
aparecem como desafios.
Exemplo:
Veja o mapa de um parque florestal.
O caminho
mais curto da entrada até a cachoeira mede _______________ e passa pelo
______________.
A prova resolvida
pelos professores está bem equilibrada em relação à “forma de apresentação” das
questões. Na prova há um total de 30 questões, das quais eu julguei 10
rotineiras, 11 intermediárias e 9 não rotineiras.
Nas não
rotineiras, incluí as que têm gráficos a serem analisados, pois sei que este
tipo de questão, apesar de simples, não fazem parte do cotidiano da sala de
aula, ou pelo menos não fazia em 1997.
Quanto ao conteúdo das questões
Na prova que
analisei, mais ênfase foi dada a Numeração Decimal e Álgebra, uma vez que são
os conteúdos que com mais freqüência são trabalhados pelos professores. Nela,
56,6 % das questões são relativas a Números e Álgebra, 13,3% relativas a
Geometria, 16,6% relativas a Medidas, 3,3% relativas a Lógica e 6,6% relativas
a Gráficos.
Quanto à classificação de tipos de problemas
“Na Resolução de
Problemas, atual tendência da Educação Matemática, podemos classificar os”
exercícios “em cinco categorias:
exercícios de reconhecimento – são os que
pedem apenas que o aluno reconheça ou relembre um fato, uma definição, etc;
exercícios algorítmicos – são os que
podem ser resolvidos através do uso de um algoritmo, ou procedimento
passo-a-passo;
problemas de aplicação – são os que
precisam de mudança de linguagem escrita com palavras pra uma linguagem
matemática adequada de modo que se possam utilizar os algoritmos apropriados;
problemas em aberto – são os que não
contêm no seu enunciado pista alguma para sua resolução;
situações problemas – são aquelas nas
quais a primeira coisa a fazer é identificar o problema inerente, cuja solução
vai ajudar a “manejar” as próprias situações.” (BURIASCO, 1995 –
p. 01)
Nesta concepção,
temos que na prova resolvida pelos professores, 63,3% são exercícios de
reconhecimento e algorítmicos.
Em uma das aulas
do curso de Especialização, na qual a Profª. Regina falava sobre Avaliação,
entramos no mérito da elaboração das provas constantes da Avaliação Estadual e,
a Profª. Regina nos disse que os elaboradores (ela fez parte da elaboração das
provas) pensavam sempre em elaborar uma prova que pudesse mostrar o que os
alunos sabiam, portanto tinham de colocar questões com as quais eles tinham
familiaridade, não podiam colocar outras dificuldades na prova senão as do
próprio conteúdo, por esse motivo tanta ênfase na Álgebra e tantas questões
“Rotineiras” envolvendo exercícios algorítmicos e/ou de reconhecimento, mas não
podiam perder a oportunidade de mostrar ao professor uma maneira diferente de
trabalhar, por isso, colocaram algumas questões “Não-Rotineiras”.
Analisando as
questões
A partir da
correção da prova, elaborei um resumo referente a cada questão.
Neste resumo você
verá a questão propriamente dita, a maneira como foi apresentada, seu conteúdo,
uma forma de resolução desta questão, os erros que os professores cometeram ao
tentar resolvê-la e finalmente algumas considerações sobre os erros.
Nas considerações
sobre o erro, levantei hipóteses que podem ter levado professor a cometê-lo,
para tanto, tentei “pensar” como o professor pensou.
O ideal seria ter
tido a oportunidade de questionar cada um em relação à sua resolução, mas isto
não foi possível, pois o combinado foi que a identificação seria facultativa, e
a maioria das provas estava sem identificação.
Analisando o
“perfil dos participantes”, julguei que poderia realizar uma correção bastante
criteriosa. Detalhe como “dois traços no cifrão” foi considerado erro .
1ª. Questão – Conteúdo: Adição
Houve uma gincana
esportiva na escola para as 4ª. séries. Complete a tabela com o total de pontos
de cada turma.
Turmas 1ª. Tarefa 2ª. Tarefa
3ª. Tarefa Total de Pontos
4ª. A 2125 1143 845
4ª. B 1875 2080 950
4ª.
C 2400 2125 1000
Resolução:
2125 + 1143 + 845 = 4113
1875 + 2080 + 950 = 4905
2400 + 2125 + 1000 = 5525
Erro encontrado 1 –
Um professor
“esqueceu” de somar o algarismo 3 da ordem das unidades na primeira adição, fez
assim:
2125 + 1143 + 845 = 4110
1875 + 2080 + 950 = 4905
2400 + 2125 + 1000 = 5525
2ª. Questão – Conteúdo: Adição e Subtração
Paulo e Mariana
têm juntos 2347 pontos num jogo. Quanto terão juntos se Paulo perder 379 e
Mariana ganhar 413?
Resolução:
2347 – 379 = 1968 / 1968 + 413 = 2381
ou
413 – 379 = 34 / 2347 + 34 = 2381
Terão juntos 2381 pontos.
Erro encontrado 1 –Interpretação equivocada do problema
Três professores
somaram a “perda” de Paulo com o “ganho” de Mariana e depois subtraíram do
total de pontos que os dois tinham juntos. Esses professores acabaram
subtraindo, então o que a Mariana havia ganho também. Fizeram assim:
379 + 413 = 792
2347 – 792 = 1555
Terão juntos 1555
pontos.
3ª. Questão – Conteúdo: Adição
Faça as operações
indicadas e complete os espaços com os resultados.
(A)
3128
+ 16 + 490 = _______________
(B)
189
+ 6184 + 5 = _______________
(C)
8
+ 944 + 2007 = ________________
Resolução:
(A) 3128 + 16 +
490 = 3634
(B) 189 + 6184 + 5
= 6378
(C) 8 + 944 + 2007
= 2959
Erro encontrado 1 –
Um professor
resolveu corretamente a adição do item (A), mas no local da resposta, trocou o
algarismo 3 das dezenas pelo 8. Fez assim:
(A) 3128 + 16 +
490 = 3684
Analisando o erro
desse professor, percebi que provavelmente tenha sido apenas falta de atenção.
Erro encontrado 2 –
Suponho que este
professor tenha resolvido a operação mentalmente, pois na sua prova não há
marca alguma referente à resolução desta questão, nela acabou invertendo as
ordens da unidade e da dezena.
(A) 3128 + 16 +
490 = 3643
Erro encontrado 3 –
Analisando todas
as operações desta questão, notei que dois professores devem ter “esquecido”
de somar o excedente da ordem das dezenas. Por isso atribuo a falta de atenção
como causa desse erro.
(B) 189 + 6184 + 5 = 6278
4ª. Questão – Conteúdo: Frações/Numerais decimais
Ligue cada fração
dos cartões abaixo ao número decimal correspondente nos
balões.
Resolução:
Ligar 1/4 com 0,25,
2/10 com 0,2, 3/4 com 0.75, deixando 0,4 do balão sem ser relacionado.
Erro encontrado 1 – Má compreensão do conteúdo
Dois professores relacionaram
corretamente as frações 1/4 e 3/4, mas deixaram em branco o 2/10.
Analisando a resolução, levantei as
seguintes hipóteses:
-
esses
professores não compreendem “frações decimais” ou
-
não
lembram como faz a transformação de fração para decimal e acertaram as duas
por terem mais familiaridade com elas, ou
-
erraram
ao fazer a divisão de 2 por 10, não encontrando assim um correspondente pra
fração.
Erro encontrado 2 – Falta compreensão do conteúdo
Um professor relacionou corretamente as
frações 2/10 e 1/4 , mas relacionou o 3/4 com o 0,4.
Analisando a questão e a resolução,
levantei a seguinte hipótese para o erro:
-
Esse
professor relacionou corretamente somente as frações que ele já tem gravadas em
sua memória, ele não compreende como fazer a transformação de fração para
decimal.
5ª. Questão – Conteúdo: Área do Retângulo
Qual é a área de
um campo que tem 12 metros de comprimento e 9 metros de largura?
Resolução:
12 x 9 = 108
A área é 108
metros quadrados.
Erro encontrado 1 – Não domina o conteúdo
Dois professores calcularam o perímetro da figura ao
invés da área, eles fizeram
assim:
Desenharam um retângulo, colocaram as
medidas correspondentes e fizeram as seguintes operações:
12 x 2 = 24
24 + 18 = 42
R: A área é 42 m.
Esses professores confundiram área com
perímetro, portanto, eles não compreendem nenhum dos dois conceitos.
Erro encontrado 2 –
Dez professores resolveram corretamente a
questão, mas deram a resposta em “metros” e não em “metros quadrados”. Teria sido falta de atenção!? Será que
eles, ou algum deles não compreende que no plano temos duas dimensões?!
Erro encontrado 3 –
Um professor resolveu corretamente a
questão, mas deixou a resposta em branco.
Será que esse professor não sabe
dar a resposta, e para não errar deixou em branco!? Será que esqueceu de dar a
resposta!? Será que ele não compreende a importância da resposta em um
problema!?
6ª. Questão – Conteúdo:
Figuras geométricas
Ligue os pontos
para desenhar as figuras geométricas.
Resolução:
Ligar os pontos do
item (A) e desenhar qualquer triângulo, pode utilizar os pontos como quiser,
desde que se desenhe um triângulo, esse triângulo não tem tamanho ou posição
determinados.
e
Ligar os pontos do
item (B) e desenhar qualquer quadrado, não interessa o tamanho deste.
Erro encontrado 1 – Não percebe diferença entre quadrado e
retângulo
Dois professores desenharam em (B) um retângulo e não um
quadrado.
Possivelmente esses professores não sabem
as propriedades de um quadrado, que são 4 lados iguais, 4 ângulos retos e lados
opostos paralelos. Para eles, retângulo e quadrado são a mesma coisa.
Existe também a hipótese deles terem
achado que como todo quadrado é retângulo, a recíproca é válida, ou melhor,
deles terem achado que todo retângulo também é quadrado, mas a recíproca não é
verdadeira, pois para se ter um quadrado é necessário que todos os quatro lados
sejam iguais e no retângulo isso não é uma condição.
7ª. Questão – Conteúdo: Perímetro
Qual o perímetro da figura abaixo?
Resolução:
Para calcular o
perímetro de uma figura basta somar as medidas de seus lados. Assim, neste
caso:
3cm + 5cm + 4cm =
12cm
R: O perímetro é
12 cm.
Erro encontrado 1 –
Três professores deixaram esta questão sem
resposta, mas o cálculo que eles apresentaram estava correto. Por esse motivo,
concluí que foi falta de atenção.
Questão em branco :
Um professor deixou esta questão em
branco.
Será que ele não lembra ou não sabe o que
é perímetro!?
8ª. Questão – Conteúdo: Equivalência de figuras planas
Ligue as figuras
que possuem mesma área.
Resolução:
Contando os
“quadradinhos” de cada figura, ligar as que possuírem a mesma
quantidade.Chamemos aqui as figuras da esquerda de (A), (B), (C) e as da
direita de (1), (2), (3) e (4).
Deveriam ser
relacionadas às figuras (A) com (2), (B) com (4) e (C) com (1), a figura (3)
ficaria sem ser relacionada.
Erro encontrado 1 – Não compreende o conteúdo
Um professor ligou (A) com (2) e (B)
também com (2), não ligando as demais figuras.
Possivelmente, esse professor não saiba
como descobrir a área dessas figuras para compará-las e, para não deixar em
branco, ligou qualquer coisa.
Ou, talvez ele não saiba o que é “área”.
Erro encontrado 2 –
Um professor ligou corretamente as figuras
(B) e (C), mas não relacionou a figura (A).
Terá sido falta de atenção!?
Talvez ele tenha calculado a área, mas
erroneamente, não encontrou correspondente para essa figura.
Questão em branco :
Três professores deixaram esta questão em
branco.
Penso que alguém deixa uma questão em
branco quando não sabe resolvê-la, portanto falta conhecimento do conteúdo, e
neste caso é importante que isto seja trabalhado.
9ª. Questão – Conteúdo: Subtração
Faça as operações
indicadas e complete os espaços com os resultados.
(A)
4023
– 918 = ____________
(B)
9000
– 674 = ____________
(C)
3040
– 508 = ____________
Resolução:
Fazer as subtrações cujos resultados são:
(A)
4023
– 918 = 3105
(B)
9000
– 674 = 8326
(C)
3040
– 508 = 2532
Não foi encontrado erro nesta questão.
10ª. Questão – Conteúdo: Divisão
Faça as operações
indicadas e complete os espaços com os resultados.
(A)
1250
¸ 12 = ____________
(B)
3060
¸ 9 = ____________
(C)
4791
¸ 20 = ____________
Resolução:
Fazer as divisões
cujos resultados são: (Não é preciso fazer a parte decimal)
(A)
1250
¸ 12 = 104,16667
(B)
3060
¸ 9 = 340
(C) 4791 ¸ 20 = 239,55
Erro encontrado 1 – Não compreende o significado do
“resto"
Um professor ao resolver a divisão (C), o
fez corretamente até a ordem das unidades, o resto foi 11 (onze), mas ele quis
continuar a conta e como onze não era divisível por 20, ele colocou “zero” no
quociente, portanto, o quociente apresentado por esse professor foi 2.390. Assim:
(C)
4791 ¸ 20 = 2.390
Erro encontrado 2 -
Um professor deu o resultado 315,166 para
a divisão (A), mas não posso determinar o que houve, pois ele não deixou os
cálculos.
(A)
1250
¸ 12 = 315,166
Erro encontrado 3 – Dificuldade com o conteúdo
Um professor
ao fazer a divisão (A) errou ao não considerar que não foi possível dividir a
ordem das dezenas, portanto não colocou o “zero” no quociente, seu resultado
foi 14 ao invés de 104 e, também não soube continuar a
conta, veja abaixo.
Provavelmente esse professor tem problemas
com a sua compreensão de “divisão”, pois ele nem mesmo fez uma estimativa do
resultado, ele não percebeu que 1250 dividido por 12 daria pelo menos 100 como
resultado.
Erro encontrado 4 -
Um professor errou na parte decimal do
quociente da divisão (A).
(A)
1250 ¸ 12 =104,1515
Esse professor, na
parte centesimal de sua operação não percebeu que dividindo o “resto” 80 por 12 teria como quociente o número 6, logo o resto seria 8 e não 20 (número maior que o divisor) como ele colocou, ele também
não percebeu que o 20 passou a ser
resto e o dividiu de novo colocando o algarismo 1 na parte milésima de sua conta, logo esse professor
dividiu o resto 80 nos centésimos e
nos milésimos.
O professor não
percebeu que o resto 20 é maior que o
divisor, e que seu quociente nos centésimos seria 6 e não 5 como ele colocou, o que pode significar falta de
compreensão do algoritmo.
11ª. Questão – Conteúdo: Sistema de numeração decimal
Decomponha os
números para completar os espaços em branco.
(A)
3428
= 3000 + 400 + 20 + _______
(B)
2376
= 2000 + 300 + ______ + ______
(C)
6551
= 6000 + _____ + _____ + _____
(D)
4739
= _____ + _____ + _____ + _____
Resolução:
(A)
3428
= 3000 + 400 + 20 + 8
(B)
2376
= 2000 + 300 + 70 + 6
(C)
6551
= 6000 + 500 + 50 + 1
(D) 4739 = 4000 + 700 + 30 + 9
Erro encontrado 1 –
Um professor, no item (D), decompôs
assim:
(D) 4739 = 4000
+ 700 + 39 + 9
Considerei como falta de atenção depois
de analisar os outros itens dessa questão, feitos por esse professor,
pois os demais estavam corretos.
12ª. Questão – Conteúdo: Subtração
Faça as operações
indicadas e coloque os resultados nos espaços.
(A)
3632
– 97 = _________
(B)
1369
– 935 = ________
Resolução:
Fazer as operações
cujos resultados são:
(A)
3632
– 97 = 3535
(B) 1369 – 935
= 434
Erro encontrado 1 –
Um professor na operação (A) pareceu que
“esqueceu” que uma das 6 centenas foram trocadas por dezenas, ficando somente 5
centenas e, seu resultado foi:
(A)
3632
– 97 = 3635
Provavelmente tenha sido falta de atenção,
mas não pude analisar o que foi feito, pois esse professor não deixou seus
cálculos.
13ª. Questão – Conteúdo: Lógica
Ana, Carlos, Paulo
e Sônia são quatro amigos que passaram nos quatro primeiros lugares de um
concurso.
Os primeiros
lugares foram ocupados por meninos.
Sônia não foi a quarta
colocada.
Carlos ficou
melhor colocado do que Paulo.
COMPLETE O PLACAR.
1º. Lugar
___________________
2º. Lugar
___________________
3º. Lugar
___________________
4º. Lugar
___________________
Resolução:
1º. Lugar: Carlos
2º. Lugar: Paulo
3º. Lugar: Sônia
4º. Lugar: Ana
Não foi encontrado erro nessa questão.
14ª. Questão – Conteúdo: Multiplicação
Faça as operações
indicadas e complete os espaços com os resultados.
(A)
407
x 32 = ______________
(B)
629
x 40 = ______________
(C)
245
x 56 = ______________
Resolução:
Resolver as
operações cujos resultados são:
(A)
407
x 32 = 13 024
(B)
629
x 40 = 25 160
(C)
245
x 56 = 13 720
Erro encontrado 1 –
Um professor ao copiar a
multiplicação do item (A), para resolvê-la, traçou o “zero” do 407 com defeito e ele ficou parecendo
um “seis” então, ele resolveu a operação como se fosse 467 x 32.
(A)
407
x 32 = 14 944
15ª. Questão – Conteúdo: Multiplicação
O jornal da escola tem 12 páginas de 4
colunas cada uma. Uma coluna contém 55 linhas. Quantas linhas tem o jornal
todo?
Resolução:
12 x 4 = 48
colunas
48 x 55 = 2640
linhas
R: O jornal todo
tem 2640 linhas.
Erro encontrado 1 – Resposta incompleta
Nove pessoas resolveram corretamente o
problema, mas deram a resposta incompleta, somente com o 2640. Como o problema
tratava de linhas e colunas, é importante especificar 2640 linhas, pois,
poderia ser “colunas”.
16ª. Questão – Conteúdo: Numeração decimal
Veja os valores
dos símbolos.
Então
podemos dizer que
Resolução:
Chamemos, de cima
pra baixo, os itens respectivamente de (A), (B), (C).
Então teremos que:
(A) vale 2321
(B) vale 1503
(C) vale 3116
Erro encontrado 1 –
Um professor no terceiro item dessa
questão considerou o “quadradinho” como 10, usando duas ordens para colocá-lo,
a dezena e a centena e seu resultado foi:
(C) vale 31106.
Erro encontrado 2 –
Um professor no terceiro item dessa
questão considerou o símbolo que vale 100 como 200 então sua resposta foi:
(C) vale 3216
Em ambos os casos, atribuo o erro à “falta
de atenção” pelo fato do erro não ter persistido em todos os itens, mesmo
porque esses dois erros foram encontrados em provas distintas.
17ª. Questão – Conteúdo: Fração
Qual a fração que representa a parte
pintada da figura abaixo?
Resolução:
Como é uma figura
“dividida” em três partes e duas delas estão pintadas, então a fração que
representa a parte pintada é 2/3.
Erro encontrado 1 –
Duas pessoas consideraram a parte em
branco da figura e não a parte pintada, então, a resposta foi: 1/3.
Analisando a resposta dada por esses
professores, penso que eles não tenham dado a devida atenção ao enunciado, ou
não entenderam o que foi pedido, ou não se apropriaram do conhecimento
necessário.
Erro encontrado 2 – Má interpretação da questão
Duas pessoas completaram a figura,
transformando-a num retângulo e, consideraram a parte pintada do retângulo que
elas obtiveram. A resposta dada foi: 2/4.
Pelo fato destes professores terem
completado a figura, acredito que eles não tenham entendido a questão.
Analisando suas respostas vemos que, de acordo com o que eles pensaram, a
resposta está certa, mesmo assim, penso que estes professores tenham problemas
na compreensão de “frações”, pois eles não estão conseguindo “enxergar” representações
de frações em quaisquer figuras.
18ª. Questão – Conteúdo: Medida de comprimento
Veja o mapa de um parque florestal.
O caminho
mais curto da entrada até a cachoeira mede _______________ e passa pelo
______________.
Resolução:
Somar as distâncias
dos caminhos propostos, compará-los e decidir qual é o menor.Um dos caminhos,
mede 780m e passa pelo bosque, outro caminho mede 790m e passa pelo lago e, o
caminho pela diagonal mede 870m, como mostra a figura, então a resposta a esta
questão é:
O caminho mais
curto de entrada até a cachoeira mede 780m e passa pelo bosque.
Erro encontrado 1 –
Doze pessoas esqueceram de colocar a
unidade de medida na resposta, colocaram apenas 780.
Provavelmente, tenha sido apenas “falta de
atenção”.
19ª. Questão – Conteúdo: Sistema métrico decimal
Cortei 155
centímetros de um barbante de 3 metros, quanto sobrou?
Resolução:
Tem de fazer uma
transformação de medidas, ou o 155cm em metros ou o 3m em centímetros. Assim:
155cm = 1,55m
3,00m – 1,55m =
1,45m ou
3m = 300cm
300cm – 155cm =
145cm
R: Sobrou 1,45m ou 145 cm.
Erro encontrado 1 –
Uma pessoa não colocou a unidade de medida
em que trabalhou e respondeu somente: 145.
Possivelmente esse professor tenha feito
os cálculos mentalmente e não deu a devida atenção às unidades de medidas do
problema, pois essa resposta poderia ser dada em metros ou em centímetros.
Outra hipótese a ser levantada é a de ele
não ter certeza de qual unidade usaria na resposta.
Erro encontrado 2 –
Uma pessoa resolveu corretamente a questão
em metros, mas passou a resposta errada assim:
3,00 – 1,55 = 1,45
R: 2,45m
Atribuo esse erro somente á falta de
atenção.
Erro encontrado 3 –
Uma pessoa resolveu a questão assim:
300 – 155 = 1,45
e, deixou a questão sem resposta.
Possivelmente esse professor tenha
problemas com a compreensão do sistema de medidas, o fato dele ter deixado sem
resposta pode mostrar que ele tem dúvidas a respeito do que fez.
Erro encontrado 4 –
Um professor transformou o “3 metros” em
milímetros, mas não transformou o “155 centímetros” em milímetros também. Fez
assim:
3000 – 155 = 2 845
R: Sobrou
2.845.
Esse professor provavelmente tenha
dúvidas em relação às equivalências no sistema métrico decimal, pelo que pude notar,
pra ele, 1m corresponde a 1000 centímetros, por isso ele não transformou o 155.
Outra hipótese a ser levantada é a
de ter sido apenas “falta de atenção” ao ler e resolver o problema, talvez se o
professor tivesse relido o problema para dar a resposta, ele percebesse seu
erro.
20ª. Questão – Conteúdo: Porcentagem
Qual é a
porcentagem da tabela abaixo que já está pintada?
Resolução:
A figura em
questão está dividida em 100 pedacinhos iguais e 74 deles estão pintados, então
a resposta é 74%.
Não foi encontrado erro nesta questão.
21ª. Questão – Conteúdo: Porcentagem
Das 200 crianças
de uma creche, 50 tem menos de 4 anos. Qual a porcentagem das crianças com
menos de 4 anos?
Resolução:
Uma das maneiras é
“pensando assim” e foi a que mais apareceu nas provas.
Quantos 50 cabem
no 200? Cabem 4 vezes o 50, então 50 crianças corresponde a 25% do total
R: A porcentagem é
25%
Erro encontrado 1 – Resposta
Um professor deixou a questão sem
resposta.
22ª. Questão – Conteúdo: Subtração / Medida de comprimento
Um ônibus levando
40 passageiros fará uma viagem de 1430 quilômetros. Quantos quilômetros faltam
para terminar a viagem se o ônibus já percorreu 385 quilômetros?
Resolução:
Esse problema traz
um dado que não será utilizado. Basta calcular a diferença entre 1430km e
385km, assim:
1430 Km – 385 Km =
1045 Km
R: Faltam para
terminar a viagem. 1045 quilômetros.
Erro encontrado 1 – Resposta
Quatro professores não colocaram a unidade
de medida em sua resposta, responderam apenas 1045.
Erro encontrado 2 –
Dois professores erraram ao resolver a
subtração, esqueceram de “abaixar” o algarismo “1” da ordem das unidades de
milhar do número 1430. Fizeram assim:
1430 – 385 = 45
R: Faltam 45 quilômetros.
23ª. Questão – Conteúdo: Gráficos
O gráfico abaixo
mostra a altura que alguns animais conseguem pular.
Pode-se dizer que
(A)
o
animal que pula mais alto
é o
___________
(B)
o
puma pula ________ metros a mais que o homem.
(C)
O
gato pula ________ metros a menos que o canguru.
Resolução:
Observando o
gráfico atentamente resolve-se corretamente a questão.
(A) o animal que
pula mais alto é o puma
(B)
o
puma pula 6 metros a mais que
o homem.
(C)
O
gato pula 3 metros a menos
que o canguru.
Não foi encontrado erro nesta questão.
24ª. Questão – Conteúdo: Medida de comprimento
Siga o roteiro do
mapa. Quantos metros Pedrinho tem que caminhar para
chegar a escola?
Resolução:
Somar as
distâncias indicadas.
13,25m + 30,00m +
41,30m + 15,45m = 100m
R: Pedrinho tem
que caminhar 100m para chegar a escola.
Erro encontrado 1 – Notação de medida.
Três professores resolveram corretamente,
mas a resposta foi:
R: 100 mts
Provavelmente esses professores não sabem
que as abreviações de medidas não têm plural. Por exemplo, para se abreviar 100
gramas, o correto é 100g e não 100 grs., para se abreviar 100 metros, o correto
é 100m e não 100 mts. Para comprovar isto é só pegar embalagens diversas e
observar suas capacidades. Esta notação, sem plural, vale também para “horas”,
nas quais se utiliza somente o “h” assim: 10h (10 horas) e não 10 hrs, ou 10H.
25ª. Questão – Conteúdo: Divisão/ Medida de tempo
Uma semana tem 7
dias e um ano tem 365 dias. Um ano tem quantas semanas?
Resolução:
365 ¸ 7 = 52 com resto 1
R: Um ano tem 52 semanas.
Erro encontrado 1 – Falta de resposta
Uma pessoa resolveu corretamente a
questão, mas deixou a resposta em branco.
Neste caso, como a prova estava com a
identificação de quem a tinha feito, pude conversar com o professor a respeito
de seu erro. Ele me disse que achou que não precisasse da resposta, que não
tivesse importância. Eu aproveitei e falei da importância da resposta que neste
caso, com uma mesma operação, poderiam ter sido feitas diferentes perguntas.
Por exemplo, poderia ter sido feita uma pergunta na qual a resposta fosse o
“resto”, no caso, o 1 dia que sobrou. O professor disse que não havia pensado
nisso e que a partir de agora daria mais atenção à resposta dos problemas e
enfatizaria isso com seus alunos.
26ª. Questão – Conteúdo: Gráfico
Este gráfico
mostra a preferência das crianças da 5ª. Série B por esportes.
(A)
O
esporte que as crianças menos gostam é ________
(B)
O
total de crianças que gosta de futebol é __________
Resolução:
Observando o
gráfico em questão com atenção temos:
(A) O esporte que
as crianças menos gostam é o Vôlei
(B) O total de
crianças que gosta de futebol é 10
Erro encontrado 1 –
Um professor completou o item (B) assim:
(B) O total de crianças que gosta de
futebol é 30
Analisei esta
resposta por diversas maneiras, mas não consegui encontrar uma causa para esse
erro, pelo que pude notar, nada levaria a responder 30 a essa pergunta. Nem
tem 30 alunos na série em questão!
27ª. Questão – Conteúdo: Comparação de numerais
Complete os
espaços com os sinais que se encontram no quadro.
> maior que
> menor que
= igual a
(A)
603
_____ 498
(B)
240
_____ 420
(C)
670
– 170 _____ 400 + 100
(D)
5
x 200 _____ 100
Resolução:
(A)
603 > 498
(B)
240
<420
(C)
670
– 170 = 400 + 100
(D) 5 x 200 > 100
Não foi encontrado erro nesta questão.
28ª. Questão – Conteúdo: Adição de numerais decimais
Faça as operações
indicadas e complete os espaços.
(A)
2,47
+ 0,61 = _______
(B)
4,18
+ 0,99 = _______
(C)
5,67
+ 2,54 = _______
Resolução:
(A)
2,47
+ 0,61 = 3,08
(B)
4,18
+ 0,99 = 5,17
(C)
5,67
+ 2,54 = 8,21
Erro encontrado 1 –
Um professor, no item (A) fez a operação
de subtração ao invés da soma.
(A)
2,47
+ 0,61 = 1,86
Analisei como sendo falta de atenção, pois
os demais itens ele fez acertadamente.
29ª. Questão – Conteúdo: Sistema monetário
Rogério comprou 7
cadernos de R$ 0,80 cada um. Para facilitar o troco pagou com R$ 10,60. Qual
foi o troco?
Resolução:
0,80 x 7 = 5,60
10,60 – 5,60 =
5,00
R: O troco foi R$
5,00.
Erro encontrado 1 – Notação de medida
Treze professores colocaram dois traços no $
Esse tipo de erro é comum, pois o cifrão
com dois traços já foi utilizado em nosso sistema monetário, provavelmente
esses professores não se deram conta de que atualmente usamos o cifrão somente
com um traço.
Erro encontrado 2 –
Um professor resolveu corretamente a
multiplicação, mas errou a subtração, assim:
0,80 x 7 = 5,56
10,60 – 5,60 = 5,60
R: O troco foi R$ 5,60
Provavelmente tenha sido somente falta de
atenção.
Erro encontrado 3 – Resposta
Um professor não colocou o “R$” na resposta. Assim:
O troco foi 5,60.
Talvez esse professor não considere
importante a unidade de medida na resposta, mas esta é de suma importância
porque nos mostra a natureza do objeto do qual o problema trata.
30ª. Questão – Conteúdo: Sistema de numeração decimal
Quanto vale o algarismo 3 em cada um dos números abaixo?
1361
¯
_________ unidades
1631
¯
_________ unidades
3226
¯
_________ unidades
6213
¯
_________ unidades
Resolução:
Chamemos
respectivamente, de cima para baixo, os itens dessa questão de (A), (B), (C),
(D).
Em (A) o algarismo
3 vale 300 unidades
Em (B) o algarismo
3 vale 30 unidades
Em (C) o algarismo
3 vale 3000 unidades
Em (D) o algarismo
3 vale 3 unidades.
Não foi encontrado erro nesta questão.
Apresentarei a
seguir duas tabelas, em uma delas colocarei o número de erros ocorridos em cada
questão e na outra, assinalarei as questões que cada professor errou. Estas
tabelas permitirão que visualizemos a questão em que o índice de erro foi maior
e o número de erros que cada professor cometeu.
As questões que os
professores mais erraram foram as de número 5, 18 e 29. A questão de número 5
envolveu área de um retângulo, mas os professores erraram mais ao darem a
resposta, não utilizaram o “metro quadrado” e sim o “metro” simples; a questão
18 envolveu medida de comprimento e, o erro dos professores foi não colocar a
unidade de medida na resposta, talvez porque considerem irrelevante; a questão
de número 29 tratava de “sistema monetário”, que também é uma medida, só que de
valor e os professores utilizaram dois traços para o cifrão e não um que é o correto.
O índice de erro da questão quinze também foi grande e, novamente o problema
residiu na resposta incompleta.
O que me chamou a
atenção, foi esse “descaso” dos professores em relação à resposta dos
problemas. Se eles agem assim, provavelmente devam passar isso para o aluno.
Não é que eu ache que só a resposta importa, mas com certeza ela também é
importante na resolução de um problema. É a busca da resposta que nos levará a
traçar o caminho a ser seguido.
Observando a
segunda tabela, você verá que somente dois professores acertaram a prova toda.
Tabela
23 - Ocorrência de Erros por Questão
|
Questão
|
Freqüência de
Erro
|
Em Branco
|
1
|
1
|
0
|
2
|
3
|
0
|
3
|
4
|
0
|
4
|
3
|
0
|
5
|
13
|
0
|
6
|
2
|
0
|
7
|
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Tabela 24 – Distribuição
de Acertos, Erros e Brancos
Questão
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Legenda: X ® Erro na Questão / à ® Questão em Branco
Algumas
sugestões
Analisando os erros
cometidos, percebi que muitos deles estão ligados ao “Sistema Métrico Decimal”,
então vamos dar uma atenção especial à esse conteúdo.
1. Como surgiu o “metro” ?
O metro constitui a
unidade básica de comprimento do Sistema Métrico decimal, adotado pela maior
parte dos países, conseguindo-se assim um método uniforme de medidas, que
eliminou a confusão existente neste setor. Esta confusão no sistema de pesos e
medidas constituía uma herança da Idade Média e do Feudalismo, pois cada senhor
feudal tinha suas medidas, e, mesmo depois de se ter processado a centralização
monárquica nos países do ocidente europeu, os monarcas não conseguiam impor uma
unificação.
Assim, em fins do século
XVIII, havia na França cerca de duzentas unidades diferentes para medir
comprimentos e distâncias, fato que ocorria também nos demais países do
Ocidente.
Foi o governo
revolucionário francês que tomou a iniciativa de eliminar esta situação. Em
1790, a Assembléia Constituinte francesa formulou um amplo projeto de
unificação dos pesos e medidas. Algum tempo depois, a Academia das Ciências de
Paris nomeava uma comissão de cientistas para estudar o problema e, esta
comissão estabeleceu que:
1- era necessário adotar
uma unidade de comprimento, derivada das dimensões da terra, que pudesse ser
aceita por todos os países, bem como reconstituída a qualquer momento, no caso
de se perder o padrão correspondente;
2- todas as unidades de
superfície (área), volume, etc. derivariam desta unidade fundamental, que
receberia o nome de “METRO” (do grego metron, medida);
3- todos o múltiplos e
submúltiplos seriam formados segundo a numeração decimal, isto é, de dez em
dez.
Visando cumprir o primeiro
dos objetivos propostos, a comissão resolveu utilizar a medição de um arco de
meridiano terrestre. Foi escolhido aquele que passa por Paris. Efetuaram-se
então trabalhosas tarefas de medição, que foram prolongadas até a Costa da
África. Ficou assim determinado o quadrante desse meridiano, isto é, a linha
que vai do Pólo Norte ao Equador. A referida distância foi dividida em dez
milhões de partes e se adotou uma unidade de comprimento daí resultante,
consagrando-se pois o “METRO” como a décima - milionésima parte de
um quadrante do meridiano, a temperatura de zero grau centígrado.
Na segunda metade do
século XIX, efetuaram-se estudos mais precisos sobre o assunto, ficando
demonstrado ter havido um pequenino erro no cálculo inicial, todavia decidiu-se
manter a unidade anterior, que é dois décimos de milímetros inferior à cifra
exata.
O “METRO” é a unidade
fundamental do sistema legal de pesos e medidas; “METRO CÚBICO” é unidade de
volume, correspondente a um cubo cujas arestas têm um metro de comprimento;
“METRO QUADRADO” é unidade de área, é a área de um quadrado cujo lado tem um
metro de comprimento.
Para a criança, é
interessante que ela compreenda a necessidade de uma medida padrão, medindo com
as mãos, com os dedos, com os pés, etc. Na classe, já aparecerá diferentes
medidas para um mesmo objeto, pois as crianças têm tamanhos diferentes de pés,
mãos, dedos... A situação será de impasse, dentre as diferentes medidas
obtidas, qual deverá ser escolhida? Mesmo que a classe entre num acordo, será
que alguém que não pertença à classe entenderá ou aceitará essa medida? É o
momento de explicar sobre a necessidade de uma medida padrão, contar um pouco
da história do metro e introduzir o metro como unidade fundamental de medida de
comprimento. É importante que se apresente o “tamanho” do metro para o aluno
utilizando um pedaço de barbante com um metro de comprimento e também
instrumentos específicos como a fita métrica, o metro articulado de madeira e a
trena. A necessidade de “dividir” o metro, ou seja, descobrir seus submúltiplos,
também deve ser descoberta pelos alunos a partir de situações de medidas
vivenciadas por eles. Para tanto, podemos pedir que meçam, utilizando um metro
objetos pequenos como o caderno, a carteira, a borracha, o lápis, enfim, o que
eles quiserem medir. Nesses casos, eles terão como resultado de medida “partes”
do metro e, provavelmente alguns deles não saibam como dar a resposta, outros
talvez saibam por já trazerem esse conhecimento consigo. Podemos dizer que
essas situações também aconteciam antigamente e resolveram então, dividir o
metro em “pedaços” menores, não creio que devamos simplesmente dizer os nomes
dos submúltiplos e suas medidas, isso não os levaria à compreensão do conteúdo,
sugiro então que para introduzirmos o decímetro, o centímetro e o milímetro
trabalhemos uma atividade que leve o aluno a esse conhecimento.
Apresentarei a seguir
algumas sugestões de atividades. Estas atividades também podem ser trabalhadas
em uma “oficina” para professores.
São elas:
Dividindo o metro
O Perímetro
Aprendendo a calcular
áreas de quadrados e retângulos
Em seguida farei umas
considerações sobre o “metro quadrado”, a falta de resposta nas questões, o
cifrão e a falta de atenção, pois como já mencionei em páginas anteriores,
foram causas de erros de muitos dos professores participantes.
Dividindo o metro (
“Atividades Matemáticas – 4ª. série do 1º. Grau” – Secretaria
de estado da Educação – SP, 1194)
“Objetivo:
introduzir os seguintes submúltiplos do metro: decímetro, centímetro e milímetro.
Material
necessário: um pedaço de barbante de um metro e outro de dez
centímetros.
Desenvolvimento:
1ª.
Parte: Divida a classe em grupos de 4 alunos. Forneça a cada aluno
um pedaço de barbante de 1m e outro pedaço de 1dm . Os alunos saberão apenas que
o pedaço maior tem medida 1m, desconhecendo a medida do pedaço menor.
Levante
as seguintes questões:
a) quantas vezes o
pedaço de barbante menor cabe no pedaço de um metro?
b) represente com um
número a parte do pedaço menor de barbante.
Como o pedaço de
barbante menor cabe 10 vezes em 1m, dizemos, então, que sua medida é 1/10 de
um metro. Introduza o termo decímetro, estabelecendo então as relações:
1dm = 1/10m e 1m = 10 dm.
2ª. Parte:
A proposta agora é
pedir aos alunos que meçam o comprimento de objetos como: lápis, tampo da
carteira, capa do caderno, etc; mostrando a necessidade da subdivisão do
decímetro.
Primeiramente eles
deverão medir utilizando apenas o pedaço de barbante de 1dm, indicando, por
exemplo que o comprimento da capa do caderno mede 2 decímetros mais um pedaço
de decímetro.
Introduzir, em seguida,
o centímetro (cm) como a décima parte do decímetro e as relações: 1cm = 1/10dm
e 1dm = 10cm
Utilizando a régua,
eles podem determinar novamente as medidas dos mesmos objetos indicando a
resposta, da maneira: 2 decímetros mais 3 centímetros ou ainda 2 x 10 + 3 =
23cm.
Colocar a questão: um
metro tem quantos centímetros?
Os alunos deverão
chegar às relações:
1m = 100cm e 1cm =
1/100m.
Como exercício, cada
aluno deverá expressar sua altura em centímetros.
3ª. Parte:
Analisando a régua, os
alunos verificarão que cada centímetro é dividido em 10 partes iguais.
Introduza o termo
milímetro (mm) e discuta com a classe as relações: 1cm = 10mm, 1mm = 1/10cm, 1m
= 1000mm e 1mm = 1/1000m.
Propor , ainda, para os
alunos a questão: um decímetro tem quantos milímetros?”
Para introduzirmos o
“quilômetro” como unidade para medir grandes distâncias, podemos, dando
continuidade a atividade anterior, colocar na lousa questões do tipo:
1) Das unidades de medida
de comprimento padronizadas que você conhece: o metro, o decímetro, o
centímetro e o milímetro, qual delas é mais adequada para determinar:
a)
o comprimento da sala de aula?
b)
o comprimento do seu lápis?
c)
o comprimento de uma formiga?
d)
a sua altura?
e)
a espessura de uma régua?
f)
a largura do seu caderno?
2) Você acha que o metro é
uma unidade de medida adequada para dar a distância entre duas cidades? Por
quê?
Após as discussões, a
conclusão deverá ser que o metro não é uma unidade adequada para medir a
distância entre duas cidades. É o momento de dizer que, assim como existem
unidades menores que o “metro” para medir pequenos comprimentos, também existem
unidades maiores que o “metro”, usadas para medir grandes distâncias. Uma
delas, a mais usada, é o “quilômetro” (Km), que vale 1000 metros.
Para ilustrar o que foi
discutido e concluído, os alunos poderão fazer uma pesquisa para determinar a
distância entre várias cidades. A escolha das cidades pode ser determinada
pelos alunos, alguma cidade que queiram conhecer, a capital do Brasil, uma
cidade que achem bonita, a cidade onde moram seus parentes, etc.
Nas aulas que se seguirem,
poderão ser apresentados problemas, como por exemplo:
1) Um viajante percorreu
45 200m no primeiro dia de viagem, 100Km no segundo dia e no terceiro dia
percorreu 55 700m. Quantos quilômetros este viajante percorreu ao todo?
2) Que automóvel é mais
econômico: um que gasta 10 litros de gasolina a cada 120Km ou outro que gasta
20 litros a cada 240 000m?
Outros problemas poderão
ser elaborados pelos alunos, em grupos ou individualmente, e trocados entre a
classe para que sejam discutidos e resolvidos.
O
Perímetro
Objetivo:
introduzir o conceito de perímetro.
Material necessário:
um elástico de dinheiro e um geoplano.
Desenvolvimento:
Dispor a classe em grupos
de 4 a 5 alunos. Entregar a cada grupo um geoplano e um elástico.
1ª. Parte: proponha
aos alunos que utilizando o elástico, construam o menor quadrado possível, de
modo que os vértices da figura fiquem determinados nos preguinhos. Peça-lhes
que meçam os lados do quadrado e determinem o comprimento do elástico que foi
utilizado. Em seguida, proponha que construam o maior quadrado possível.
Novamente peça-lhes que determinem o comprimento do elástico que foi utilizado.
Cada grupo deverá apresentar a maneira como descobriu o comprimento do elástico
que foi utilizado. É neste momento que se define o perímetro como sendo a soma
das medidas dos lados de uma figura. O comprimento utilizado do elástico é o perímetro
do quadrado em questão.
2ª. Parte: peça aos
alunos que construam outras figuras e determinem o perímetro de cada uma delas.
É importante que se faça o registro do que está sendo feito.
3ª. Parte: desafie
os alunos a construírem figuras diferentes que tenham o mesmo perímetro.
·
Proponha aos alunos que encontrem no dicionário o significado da
palavra “perímetro” e discuta o que foi encontrado.
·
É importante relacionar sempre o “perímetro” com o “comprimento”
para que mais tarde não haja “confusão” com o conceito de “área”.
Converse com os alunos
sobre as aplicações do “Perímetro”. Colocar situações reais nas quais se
precisa deste conceito como por exemplo: comprimento de arame suficiente para
cercar terrenos, comprimento de madeira necessário para se fazer rodapés, etc.
Para construir o
“Geoplano”, utilize um retângulo de madeira; desenhe sobre ele um quadriculado
e coloque a seguir preguinhos nas intersecções das linhas. Os próprios alunos
podem construir os geoplanos.
“Área: A OCUPAÇÃO DA
TERRA
Desde os tempos mais
antigos até os dias de hoje, a ocupação da terra para plantar, produzir, morar
tem sido uma preocupação do homem que a ocupa e dos Governos que permitem essa
ocupação.
Se os antigos egípcios
pagavam impostos ao faraó, hoje pagamos à Prefeitura de cada município.
O imposto depende da área
e da localização do terreno. Ele é calculado por metro quadrado.
Por essa razão, o
cálculo de área sempre teve um papel importante na vida do homem.”(MORI;
ONAGA, 1998, p.252)
Aprendendo
a calcular áreas de quadrados e retângulos
Objetivo:
introduzir o conceito de área;
calcular,
utilizando lado vezes lado, a área de figuras quadrangulares e retangulares.
Material necessário:
folha quadriculada.
Desenvolvimento:
Disponha os alunos em
grupos.Entregue uma folha quadriculada a cada grupo e peça que desenhem um
retângulo nesta folha. Cada grupo poderá desenhar o retângulo do tamanho que
quiser. Peça-lhes então que determinem quantos quadradinhos pertencem ao
retângulo que eles desenharam. Em seguida, proponha que contem os quadradinhos
utilizados na base e na altura do retângulo, encontrando uma relação entre a
quantidade de quadradinhos do retângulo todo e a quantidade de quadradinhos dos
lados.
2ª. Parte: discuta
com os grupos as relações que eles determinaram, peça que eles expliquem como
chegaram a essa conclusão.
3ª. Parte: Repita
a atividade, pedindo que desenhem outros retângulos, em seguida, repita com
quadrados.
4ª. Parte:
peça-lhes que comparem as relações que determinaram e verifiquem se elas são
válidas sempre. Em seguida, diga-lhes que a quantidade de quadradinhos que cada
figura utilizou é a área desta figura, tendo como unidade o
“quadradinho” da folha e que, como eles descobriram, basta multiplicar lado
(base) por lado (altura) para determinar quantos quadradinhos foram utilizados,
ou seja, para determinar a área dessas figuras.
·
Proponha aos alunos que encontrem no dicionário o significado da
palavra “área” e discuta o que foi encontrado.
·
Discuta com os alunos a diferença entre “perímetro” e “área”.
O “metro quadrado”
O “metro quadrado” (m2) é a unidade padrão de
medida de área e, consiste em um quadrado cujo lado mede um metro (1m),
portanto sua área é um metro quadrado, pois como vimos na atividade anterior,
para se calcular a área de um quadrado basta multiplicar a base pela altura e
no quadrado elas são iguais, medindo 1m cada uma, então temos 1m x 1m = 1m2.
Para os alunos é importante que eles visualizem o “metro
quadrado”, assim como “visualizaram” o tamanho do metro, para tanto, sugiro que
seja construído, com os alunos, um quadrado com 1m de lado e calculada a sua
área. A seguir, sugiro que seja feita a comparação do “metro” (simples) com o
metro quadrado, pegue um barbante medindo 1m e coloque os dois (metro quadrado
e metro simples) lado a lado depois, sobreponha-os. É importante que os alunos
notem o “tamanho” (gravidade) do erro que cometeriam se, por acaso, usassem um
no lugar do outro. Já que o metro quadrado está construído, seria muito
proveitoso que os alunos descobrissem quantos desse quadrado cabem em sua sala
de aula, descobrindo assim a área da sala de aula, depois, poderiam utilizar o
barbante de um metro para medir os lados da sala e assim calcular a área da
sala, fazendo lado vezes lado para comparar os resultados obtidos.
Falta
de Resposta
Analisando as provas dos
professores participantes, notei que um erro comum entre eles foi a “falta de
resposta” às questões, erro este que eu considero muito sério, pois a “resposta”
é a solução do problema, é ela que queremos, é por ela que seguimos determinado
caminho, é ela que buscamos.
Penso que o crescimento
vem da busca de respostas em nossas vidas, por exemplo, o avanço científico
gira também em torno da busca de respostas, existe vida fora da Terra? Para a
obtenção dessa resposta são gastos bilhões de dólares, já imaginaram se quando
chegarem a uma resposta eles não nos contarem!? Outro exemplo, a cura do
câncer, é uma busca de todo o planeta, o que nos interessa neste caso, a
descoberta da própria cura, portanto a resposta, claro que o “como” foi
descoberta esta resposta também interessa.
Vocês podem estar
pensando, “Ah, mas ela mudou de assunto, não é deste tipo de resposta que
estamos falando!”, é que para mim “resposta” é “resposta”, seja ela da natureza
que for, se há pergunta, deve haver resposta. O resultado de uma conta,
sozinho, não diz nada, há muitos “problemas” envolvendo várias operações, e se
o problema estiver sem resposta, qual delas nos fornece a resposta? Mesmo que
haja somente uma operação, talvez a resposta não seja o resultado dela e sim o
“resto”, se tratando de uma divisão. Para o aluno acredito ser importante que
ele pense como eu, resposta é resposta, e ela deve “combinar” com a pergunta,
se a pergunta se referir a área, a resposta deverá vir em uma unidade de área,
ou quando você pergunta o “nome” de uma pessoa você se satisfaria com a
resposta, por exemplo, 35 anos!? É a mesma coisa, se a pergunta foi qual a
área, você não pode responder “perímetro”.
Muitos dos professores
participantes fizeram as respostas incompletas, ou seja, omitiram a “unidade”
na mesma. Na linguagem oral, é comum essa omissão, mas a linguagem escrita
exige um pouco mais de rigor, pois com a escrita não vem a expressão corporal,
não vem a emoção, não vem a entonação, não vem a visualização do objeto como na
linguagem oral, portanto é de suma importância que se caracterize o objeto em
questão colocando a unidade específica dele, pois é esta que dá a natureza do
que estamos trabalhando. Se você responde somente 35, por exemplo, esse 35 se
refere a quê? Idade, balas, metros, metros quadrados, bexigas, dias? Claro que
lendo o problema ou a questão saberíamos do que se trata, mas a resposta por si
só deve bastar.
Acredito que a importância
da resposta completa deve ser passada para o aluno sempre, pois envolve também
a sua maneira de se colocar, a sua comunicação oral vai ficando mais objetiva e
clara, podendo ele assim exercer com mais facilidade a sua cidadania, não é
isto que buscamos!?
O
“Cifrão”
O “cifrão” é o sinal que
expressa a unidade monetária em nosso país e em muitos outros, ele é
representado por “S” cortado com uma ou duas barras.
No caso do Brasil,
atualmente o cifrão possui somente uma barra, assim “$”. Nosso país já utilizou
em outras épocas o cifrão com duas barras, mas desde que adotamos o “Real” como
moeda, usamos o cifrão somente com uma barra.
Claro que isto é um
detalhe, mas para mim, um detalhe importante. Não consigo admitir que um
brasileiro não consiga representar corretamente sua moeda.
Muitos dos professores
participantes colocaram em uma de suas respostas o cifrão com dois traços. Na
própria questão comentei que este erro é comum, pelo fato do Brasil já ter
adotado o cifrão com dois traços, mas o fato de ser comum não implica que não
tenha que ser trabalhado, para tanto, sugiro que observem várias cédulas de
reais e possibilitem aos alunos essa observação. Outra sugestão, agora para
fixar com os alunos a maneira correta de se representar quantias, é criar
modelos de “cheques” e deixar que os alunos preencham, assim estará sendo
trabalhado também a escrita (por extenso) da quantia, é uma maneira mais
interessante de se trabalhar o velho e conhecido “leia e escreva”.
A
“Atenção”
Na verdade, foi a “falta
de atenção”, a causa de erros de muitos dos professores participantes, que me
levou a colocar este item no trabalho.
Nós, professores, sempre
cobramos a “atenção” do aluno e comumente dizemos que eles não prestam atenção
em nada, mas e nós, prestamos atenção em tudo que fazemos?
A “atenção” é uma coisa de
deve ser trabalhada em todos sempre, pois hoje em dia estamos com a vida muito
agitada, cheia de problemas, de ruídos, de coisas que tiram nossa atenção, ou a
dispersam. Com a criança acontece a mesma coisa e, pode ser ainda pior pelo
fato de algumas delas não terem sequer aprendido a ter atenção.
Para trabalhar a
“atenção”, penso que a melhor maneira é através de jogos como “jogo da
memória”, xadrez, dama, dominó e bingo. Todos estes podem facilmente ser
trabalhados na escola. O jogo “paciência” também trabalha bastante a atenção,
mas para este já é melhor que se tenha um microcomputador. Aliás, o
microcomputador também é ótimo para se trabalhar a atenção, pois ele é por si
só interessante para todas as crianças e para a maioria dos adultos.
Considerações
Finais
Para desenvolvermos nossa
prática, nós, professores, precisamos também desenvolver-nos como profissionais
e como sujeitos críticos na realidade em que estamos, isto é, precisamos poder
situar-nos como educadores e como cidadãos, pois participamos do processo de
construção da cidadania, do reconhecimento de nossos direitos e deveres e da
valorização profissional.
A formação da maioria de
nós, educadores brasileiros, não contemplou essa dimensão. Não nos foi
“ensinado” a ser cidadãos, penso que fomos “programados” para “reproduzir”,
então, temos um desafio em nossas mãos: “ensinar” nossos alunos a exercerem sua
cidadania, tendo nós mesmos que aprender a exercê-la.
Observando os alunos, os
jovens em geral e até muitos adultos, percebi que muitos valores como fibra,
justiça, amor à pátria e solidariedade estão se perdendo e, em lugar destes,
estão a indiferença, a omissão, a alienação e a discriminação. Penso que temos
de resgatar valores nos quais acreditamos, mostrar a realidade aos nossos
alunos, mas também fazer com que eles entendam que esta realidade pode ser
mudada, que depende de todos nós, de cada um de nós. Temos força, mas usamos
mal nossos direitos, escolhemos mal nossos representantes, usufruímos de
maneira destrutiva de nossos recursos, nos fechamos em nosso “mundinho” como se
nada pudéssemos fazer, ou pior, como se não tivéssemos nada a ver com o que
acontece a nossa volta.
Um professor não passa
somente os conteúdos aos seus alunos, ele é aquele no qual muitos se
espelharão.
Hoje, podemos dizer que
vivemos no “mundo”, pois os meios de comunicação e a tecnologia encurtaram as
distâncias. É muito comum em nossas escolas, alunos que estão separados de seus
pais por estes estarem trabalhando em um outro país. Em segundos podemos nos
comunicar com alguém de muito longe como se esta pessoa estivesse pertinho de
nós. Pela internet temos acesso a museus, bibliotecas e muitas outras coisas.
Nosso aluno vive com essa realidade e muitos professores ainda não se deram
conta de que precisam se integrar a esse mundo. Já ouvi colegas dizendo que
detestam esse tal de computador e nem querem saber de aprender a mexer nele,
mas no meu modo de ver, a partir do momento em que uma pessoa escolhe ser
“professor” ela passa a ter muitas obrigações e dentre estas a de se atualizar
sempre. Como mencionei na “Introdução”, não precisamos “parar” para sermos
ultrapassados, basta que diminuamos um pouco nosso ritmo.
Dentre muitas coisas que
me chamaram atenção na execução deste trabalho, destaco o receio demonstrado
por quase todos os professores participantes em resolver a prova. Eles me
perguntavam se a prova seria difícil, diziam que não davam aula na quarta série
e por isso não sabiam se iriam bem, enfim, demonstraram muita insegurança para
resolver a prova.
Analisando esta reação,
percebi que o medo de ser avaliado é comum a professores e alunos. Vem, então,
a questão : “Por que sentimo-nos assim diante da ‘avaliação’?”
Não vou dizer a você que
foi fácil realizar este trabalho, na verdade, foi mais um desafio, pois eu não
tinha a mínima idéia do que fosse uma monografia. Um trabalho como este exige
muita leitura e dedicação, mas você começa a escrever, vai se “apaixonando”
pelo que está fazendo e, quando chega ao final, sente uma sensação maravilhosa,
como a que eu estou sentindo agora, é satisfação, é alegria, é orgulho de si
mesma... Você já fez um trabalho deste tipo? Então faça, garanto que você não
irá se arrepender!
Referências
Bibliográficas
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– Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Matemática – Ensino de 1ª. à 4ª. Série. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL
– Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Temas Transversais – Ensino de 1ª. à 4ª. Série. Brasília: MEC/SEF, 1997.
DAVIS.
C; ESPÓSITO, Y. L. Papel e Função do Erro na Avaliação Escolar. Cadernos de
Pesquisa, São Paulo, n. 74, p. 71-75, agosto 1990.
Enciclopédia
Brasileira Mérito; Volume 13; Editora Mérito S.A., p. 205-206.
KOCH,
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Londrina, 1997. Monografia – Universidade Estadual de Londrina.
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MULLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas
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SÃO
PAULO – Secretaria de Estado da Educação. Atividades Matemáticas 4ª. Série
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SOUZA,
Clarilza Prado de. Avaliação do Rendimento Escolar. Editora Papiros,
1993.
ANEXOS
ANEXO A
ANEXO B